Conhecer-me é dominar-me e dominar-me é triunfar!
Filosofia de Jigoro KanoA origem do Judo
A origem do Judo remonta a uma lenda antiga que fala sobre a observação de uma árvore flexível durante uma tempestade de inverno. Jigoro Kano, um jovem estudante universitário, foi atraído por essa técnica de flexibilidade, chamada Ju-jutso, e dedicou-se ao seu estudo. Ele transformou o Ju-jutso num método de Educação Física e moral, selecionando, modificando e aprimorando os golpes para criar um novo estilo chamado Judo, baseado no código de honra dos samurais. Jigoro Kano foi o primeiro a comparar e criar uma técnica pessoal superior a qualquer outra, nomeando-a de Judo, o caminho da suavidade. O fundador desta modalidade tinha o objetivo de instruir cidadãos responsáveis por meio do treino físico e mental proporcionado pela prática. Esta filosofia promoveu a camaradagem internacional entre os judocas e contribuiu para a rápida expansão da modalidade. O Judo não se resume apenas a golpes; é uma filosofia de vida que valoriza a colaboração, a entreajuda e a partilha de momentos, experiências, conhecimentos e emoções.
de judocas em todo o mundo.
Quem teme perder já está vencido.
Filosofia de Jigoro KanoMáximas do Mestre Jigoro Kano
As duas máximas que regem o Judo são: Seiryoku Zen’Yo (精力善用) – máxima eficiência e técnica com o mínimo esforço, na qual qualquer indivíduo, por meio das suas habilidades e técnicas, pode compensar o tamanho e força do adversário, e Jita Kyoei (自他共栄) – o princípio da prosperidade e benefícios mútuos, em que o desenvolvimento pessoal depende da ajuda do próximo e do auxílio mútuo; só assim nos tornamos seres humanos melhores e completos. Todavia, Jigoro Kano trabalhou todo um conjunto de máximas que orientavam o seu pensamento e a sua perspetiva relativamente ao Judo.
Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito o teu primeiro progresso no aprendizado
Filosofia de Jigoro KanoMáximas do Mestre Jigoro Kano
As máximas de Jigoro-Kano são um fio condutor que acompanha o Judoca no caminho do conhecimento; são elas que delineiam a conduta e que alimentam a flexibilidade de espírito, espelhando-se no desenvolvimento físico, na eficiência em combate e na progressão mental. Através do treino de técnicas de ataque e de defesa, os Judocas, não só ganham agilidade mental e física, como adquirem, igualmente, flexibilidade do corpo e da mente.
O Judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar
Filosofia de Jigoro KanoO Judo em Portugal
O Judo em Portugal teve os seus primeiros registos documentados na primeira década do século XX, quando os oficiais japoneses fizeram uma demonstração aos visitantes portugueses a bordo de um navio da marinha nipónica. Inicialmente bem recebido na capital portuguesa, o Judo foi timidamente difundido pelo país. A modalidade ganhou mais expressão quando as técnicas de defesa pessoal foram introduzidas na Polícia Cívica do Porto, em 1936. A publicação da bibliografia sobre o tema e a criação da Academia de Budo, em 1956, fundada por António Correia Pereira, contribuíram para a promoção do Judo em Portugal. Em 1957, foi fundado o Judo Clube de Portugal por Henri Bouchend Homme e Anthony Stryker. Kiyoshi Kobayashi, considerado o pai do Judo português, chegou a Portugal em 1958, revolucionando o panorama da modalidade no país. Ele compartilhou o seu conhecimento técnico, implementou novas metodologias e homogeneizou o cenário técnico nacional. Kobayashi desempenhou um papel importante na criação da Federação Portuguesa de Judo, em 1959. A partir da década de 1960, o Judo português começou a destacar-se internacionalmente, com participações em Olimpíadas e conquistas de medalhas em campeonatos europeus. Atletas como Nuno Delgado e Telma Monteiro alcançaram conquistas significativas, incluindo medalhas olímpicas. O Judo tem sido cada vez mais reconhecido em Portugal pelos seus benefícios educativos e tem sido introduzido em clubes, escolas privadas e, em menor medida, no ensino público.
Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem é o caminho do verdadeiro Judoca
Filosofia de Jigoro KanoA cortesia no judo
Desde o início, o mestre ensina o judoca a respeitar todo o cerimonial envolvente, a tornar-se mais paciente, atento e concentrado. No dojo, a cortesia revela-se em ínfimos pormenores, desde a saudação até à entreajuda na aprendizagem, na competição, ou no respeito pelo adversário, tornando o Judoca leal e reforçando o espírito desportivo. Este código influenciou, durante muito tempo, o espírito dos nobres samurais e tem ensinado aos Judocas as suas virtudes cavalheirescas. Com o auxílio do Mestre, o Judoca adquire habilidade e perícia, através da repetição contínua das técnicas, aprendendo a não desistir e tornando-se exímio na execução técnica, procurando progredir de forma constante. O atleta lima as suas arestas, melhorando a sua força mental e a capacidade de superação, através de uma motivação interior que o conduz na sua caminhada. O resultado do esforço, dedicação e espírito de sacrifício proporciona o incremento de capacidades motoras e uma maior eficácia no tatami.
O Judoca é aquele que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes
Filosofia de Jigoro KanoOs benefícios do judo
Somente se aproxima da perfeição quem procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade
Filosofia de Jigoro Kano