Conhecer-me é dominar-me e dominar-me é triunfar!

Filosofia de Jigoro Kano

A origem do Judo

A origem do Judo remonta a uma lenda antiga que fala sobre a observação de uma árvore flexível durante uma tempestade de inverno. Jigoro Kano, um jovem estudante universitário, foi atraído por essa técnica de flexibilidade, chamada Ju-jutso, e dedicou-se ao seu estudo. Ele transformou o Ju-jutso num método de Educação Física e moral, selecionando, modificando e aprimorando os golpes para criar um novo estilo chamado Judo, baseado no código de honra dos samurais. Jigoro Kano foi o primeiro a comparar e criar uma técnica pessoal superior a qualquer outra, nomeando-a de Judo, o caminho da suavidade. O fundador desta modalidade tinha o objetivo de instruir cidadãos responsáveis por meio do treino físico e mental proporcionado pela prática. Esta filosofia promoveu a camaradagem internacional entre os judocas e contribuiu para a rápida expansão da modalidade. O Judo não se resume apenas a golpes; é uma filosofia de vida que valoriza a colaboração, a entreajuda e a partilha de momentos, experiências, conhecimentos e emoções.

3000000 +

de judocas em todo o mundo.

Quem teme perder já está vencido.

Filosofia de Jigoro Kano

Máximas do Mestre Jigoro Kano

As duas máximas que regem o Judo são: Seiryoku Zen’Yo (精力善用) – máxima eficiência e técnica com o mínimo esforço, na qual qualquer indivíduo, por meio das suas habilidades e técnicas, pode compensar o tamanho e força do adversário, e Jita Kyoei (自他共栄) – o princípio da prosperidade e benefícios mútuos, em que o desenvolvimento pessoal depende da ajuda do próximo e do auxílio mútuo; só assim nos tornamos seres humanos melhores e completos. Todavia, Jigoro Kano trabalhou todo um conjunto de máximas que orientavam o seu pensamento e a sua perspetiva relativamente ao Judo.

Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito o teu primeiro progresso no aprendizado

Filosofia de Jigoro Kano

Máximas do Mestre Jigoro Kano

As máximas de Jigoro-Kano são um fio condutor que acompanha o Judoca no caminho do conhecimento; são elas que delineiam a conduta e que alimentam a flexibilidade de espírito, espelhando-se no desenvolvimento físico, na eficiência em combate e na progressão mental. Através do treino de técnicas de ataque e de defesa, os Judocas, não só ganham agilidade mental e física, como adquirem, igualmente, flexibilidade do corpo e da mente.

O Judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar

Filosofia de Jigoro Kano

O Judo em Portugal

O Judo em Portugal teve os seus primeiros registos documentados na primeira década do século XX, quando os oficiais japoneses fizeram uma demonstração aos visitantes portugueses a bordo de um navio da marinha nipónica. Inicialmente bem recebido na capital portuguesa, o Judo foi timidamente difundido pelo país. A modalidade ganhou mais expressão quando as técnicas de defesa pessoal foram introduzidas na Polícia Cívica do Porto, em 1936. A publicação da bibliografia sobre o tema e a criação da Academia de Budo, em 1956, fundada por António Correia Pereira, contribuíram para a promoção do Judo em Portugal. Em 1957, foi fundado o Judo Clube de Portugal por Henri Bouchend Homme e Anthony Stryker. Kiyoshi Kobayashi, considerado o pai do Judo português, chegou a Portugal em 1958, revolucionando o panorama da modalidade no país. Ele compartilhou o seu conhecimento técnico, implementou novas metodologias e homogeneizou o cenário técnico nacional. Kobayashi desempenhou um papel importante na criação da Federação Portuguesa de Judo, em 1959. A partir da década de 1960, o Judo português começou a destacar-se internacionalmente, com participações em Olimpíadas e conquistas de medalhas em campeonatos europeus. Atletas como Nuno Delgado e Telma Monteiro alcançaram conquistas significativas, incluindo medalhas olímpicas. O Judo tem sido cada vez mais reconhecido em Portugal pelos seus benefícios educativos e tem sido introduzido em clubes, escolas privadas e, em menor medida, no ensino público.

Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem é o caminho do verdadeiro Judoca

Filosofia de Jigoro Kano

A cortesia no judo

Desde o início, o mestre ensina o judoca a respeitar todo o cerimonial envolvente, a tornar-se mais paciente, atento e concentrado. No dojo, a cortesia revela-se em ínfimos pormenores, desde a saudação até à entreajuda na aprendizagem, na competição, ou no respeito pelo adversário, tornando o Judoca leal e reforçando o espírito desportivo. Este código influenciou, durante muito tempo, o espírito dos nobres samurais e tem ensinado aos Judocas as suas virtudes cavalheirescas. Com o auxílio do Mestre, o Judoca adquire habilidade e perícia, através da repetição contínua das técnicas, aprendendo a não desistir e tornando-se exímio na execução técnica, procurando progredir de forma constante. O atleta lima as suas arestas, melhorando a sua força mental e a capacidade de superação, através de uma motivação interior que o conduz na sua caminhada. O resultado do esforço, dedicação e espírito de sacrifício proporciona o incremento de capacidades motoras e uma maior eficácia no tatami.

O Judoca é aquele que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes

Filosofia de Jigoro Kano

Os benefícios do judo

Somente se aproxima da perfeição quem procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade

Filosofia de Jigoro Kano

Tens alguma questão? Fica à vontade para entrar em contacto connosco!